terça-feira, 30 de junho de 2009

A SUIÇA E A CULTURA PORTUGUESA

Este é o título de um e-mail que recebi e que se fazia acompanhar de umas fotografias com a beleza natural que só a Suíça nos pode oferecer. Cada foto vem com um pequeno texto e que quero partilhar (só o texto) com todos, pois eu concordo plenamente, porque afinal é a nossa mentalidade. Vou transcrever alguns textos e outros vou adaptá-los. Vão ver que vale a pena ler todo o texto e se quiserem também podem e devem se assim entenderem fazer algum comentário. A diferença entre os países pobres e os ricos não é a idade do país até porque está demonstrado por países como a Índia ou o Egipto, que têm mais de 5.000 anos e são pobres. Por outro lado, o Canadá, a Austrália e a Nova Zelândia, que há 150 anos eram inexpressivos, hoje são países desenvolvidos e ricos. A diferença entre países pobres e ricos também não reside nos recursos naturais disponíveis. O Japão, possui um território limitado, onde 80% é montanhoso, inadequado para a agricultura e para a criação de gado, mas é a segunda economia mundial. O Japão é uma imensa fábrica flutuante, que importa matéria-prima do mundo inteiro e exporta produtos manufacturados. Outro exemplo é a Suiça, que não planta cacau, mas tem o melhor chocolate do mundo. No seu pequeno território, cria animais e cultiva o solo apenas durante quatro meses ao ano, no entanto, fabrica laticinios da melhor qualidade. É um país pequeno que passa uma imagem de segurança, ordem e trabalho, pelo que se transformou no cofre-forte do mundo.
No relacionamento entre gestores dos países ricos e os seus homólogos dos países pobres, fica demonstrado que não há qualquer diferença intelectual. A raça, ou a cor da pele, também não são importantes: os imigrantes rotulados como preguiçosos nos seus países de origem, são a força produtiva dos países europeus ricos. Onde está então a diferença? Está no nível de consciência do povo, no seu espírito. A evolução da consciência deve constituir o objectivo primordial do Estado, em todos os níveis do poder. Os bens e os serviços, são apenas meios... A educação (para a vida) e a cultura ao longo dos anos, deve plasmar consciências colectivas, estruturadas nos valores eternos da sociedade: moralidade, espiritualidade e ética. Solução-síntese: transformar a consciência do Português. O processo deve começar na comunidade onde vive e convive o cidadão. A comunidade, quando está politicamente organizada em Associação de Moradores, Clube de Mães, Clube de idosos, etc., torna-se um micro-estado. As transformações desejadas pela Nação para Portugal, serão efectuadas nesses micro-estados, que são os átomos do organismo nacional-confirma a Física Quântica. Ao analisarmos a conduta das pessoas nos países ricos e desenvolvidos, constatamos que a grande maioria segue o paradigma quântico, isto é, a prevalência do espírito sobre a matéria, ao adoptarem os seguintes princípios de vida: 1. A ética, como base; 2. A integridade; 3. A responsabilidade; 4. O respeito às leis e aos regulamentos; 5. O respeito pelos direitos dos outros cidadãos; 6. O amor ao trabalho; 7. O esforço pela poupança e pelo investimento; 8. O desejo de superação; 9. A pontualidade; Somos como somos, porque vemos os erros e só encolhemos os ombros e dizemos: "não interessa!". A preocupação de todos, deve ser com a sociedade, que é a causa e não com a classe política, que é o triste efeito. Só assim conseguiremos mudar o Portugal de hoje. Vamos agir! Reflictamos sobre o que disse Martin Luther King: "O que é mais preocupante, não é o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, ou dos sem ética. O que é mais preocupante, é o silêncio dos que são bons...". Pensemos nisto...Aqui fica uma sentida homenagem aos nossos imigrantes. Quando digo aquilo que penso...

3 comentários:

csa disse...

Grande texto!!! :)
Gostei imenso.
E concordo plenamente consigo.
Divulgue junto dos seus clientes, para que todos leiam.
É algo a ter em conta, quando formos votar nas próximas eleições!
Abraço.

Clara Gomes disse...

"... O que é mais preocupante, é o silêncio dos que são bons...".
Que este seja o fim do silêncio dos bons, poque esta é sem duvida a voz dos silenciosos!
Parabens!
Um abraço

Poeta do Penedo disse...

Antes demais deixe-me felicitá-lo pela forma bonita como escreveu o seu texto.
Em relação ao conteúdo, vai completamente de encontro ao que eu penso, relativamente à pequenez do nosso Portugal. O nosso mais grave problema reside precisamente na nossa mentalidade. Não acreditamos em nós, estamos convictos de que o Estado tem a obrigação de nos resolver todos os problemas, ignorando por completo que o Estado não é uma figura abstracta. Na sua essência o Estado somos nós. Temos tudo para sermos um país de progresso: temos gente inteligente, temos gente altamente produtiva, temos grandes pensadores. Falta-nos um sentido de gestão, de boa gestão, que aglotine tudo isto e faça funcionar esta riqueza. Mas esta apatia não é recente. Suponho que em Alcácer Quibir ficou toda a nossa fortuna, a qual ainda não recuperámos.
E porque consideramos que o Estado tem a obrigação de nos resolver os problemas, ainda vivemos na expectativa do regresso de D. Sebastião numa manhã de nevoeiro. Enquanto isso não acontecer Portugal não avança. Este tema tem muito que se lhe diga, por ser extremamente complexo. No seu texto tem toda a razão quando diz que um país para ser grande, não tem necessariamente de ser um grande país.
Portugal já foi capaz de o provar.
Parabéns mais uma vez pelo seu texto, e pelo seu blog. Está muito agradável.